domingo, 17 de março de 2024

Folhinha interparoquial nº 5 de 12 a 24 março de 2024

Folhinha interparoquial nº 5 de 12 a 24 março de 2024

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Maria de Lamaçaes
- S. Tiago de Fraião

A Essência do Escutismo

A Essência do Escutismo"


por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 15 de março 2024 no jornal diário "Correio do Minho"


O CNE é um Movimento da Igreja, com a missão de formar cidadãos ativos e solidários que vivem à Luz da Fé que professam, sendo a pedagogia do exemplo um dos instrumentos fundamentais deste movimento juvenil.
Esta pedagogia está validada no texto dos Atos dos Apóstolos, quando o autor testemunha que os primeiros cristãos, ao tornarem-se modelos de vida, ganharam a confiança e a simpatia do povo e, assim, se foi expandindo a Fé Cristã. Por isso, os dirigentes do CNE, mulheres e homens, que não se limitam a conhecer a Lei e os Princípios, mas se esforçam por cumprir a Promessa que fizerem vivendo segundo a Lei e os Princípios e que, pelas suas vivências, são chamados a dar testemunho dessa opção de vida: serem educadores católicos.
As propostas educativas do Escutismo Católico em Portugal estão, cada uma delas, enquadradas por um Patrono que nos emprestam as suas qualidades para projetarmos um percurso que, em cada uma das quatro Secções: Lobitos (6 aos 10), Exploradores (10 aos 14), Pioneiros (14 aos 18) e Caminheiros (18 aos 22), crianças e jovens, sentem e vivem uma nova visão do mundo.

Com São Francisco de Assis, os Lobitos, nestes tempos em que os homens não se empenham sobre as medidas a tomar para que a Natureza, o garante da vida do homem e de todos os outros animais na terra, não seja destruída pela ação do próprio homem. Francisco de Assis ajuda-nos a ver a Natureza como espelho da obra criadora de Deus e através da sua contemplação permite-nos aproximar sempre e cada vez mais de Deus.
Com São Tiago (Maior), também conhecido como São Tiago de Compostela, os Exploradores aprendem o sentido da Palavra de Deus, e que esta é diferente da palavra dos homens. Com ele, descobrimos, nos Caminhos da Palavra, de entre os quais os “Caminhos de Santiago”, que a Palavra é o nosso verdadeiro alimento para a nossa vida quotidiana e o percurso seguro para o (re)encontro com Deus.

Com São Pedro, os Pioneiros, à imagem de Pedro, são chamados a serem construtores de Igreja, a serem as “pedras vivas” da Igreja de Cristo, o Porto Seguro que a todos protege de tormentos e tempestades.
Com São Paulo, os Caminheiros assimilam a ideia de mudança e que esta se pode realizar em qualquer tempo ou lugar, pode ser ao dobrar da esquina, de dia ou de noite. A disponibilidade e humildade de Paulo, que passou de perseguidor a defensor de Cristo, nas comunidades cristãs. Este homem novo tornou uma testemunha viva de Cristo. Com Paulo os Caminheiros podem recentrar os seus caminhos em direção ao modelo de vida escolhido: Cristo - o Homem Novo.

Tal como os quatro Patronos, que receberam as suas missões na terra e em tempos diferentes, também as crianças e os jovens que são confiados ao CNE procuram em cada um deles e nos tempos apropriados aproximar-se de uma vida que dê testemunho da Fé, marcada pelo envolvimento na defesa de causas de justiça, sociais, de solidariedade e de fraternidade. Vivências marcadas pelo “aprender fazendo”, com os outros e para os outros, mas sempre norteadas pelo Amor (ou Caridade como lhe chamava Paulo) «Agora, portanto, permanecem fé, esperança e caridade, estas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade.» (1Cor 13, 8).
Temos, entre nós, um ditado popular: «diz-me que caminhos trilhas e mostrar-me-ás o teu coração», Paulo, o apóstolo dos Caminhos, ensinou-nos que em todos eles podemos fazer mais e melhor e que todos eles nos aproximam do próximo e do Senhor e quando nos diz: «Mas pela graça de Deus sou aquilo que sou» (1Cor 13, 10) Paulo coloca todo o mérito, não nele próprio, mas sim na “graça de Deus” que nele opera.

Num manuscrito do saudoso Coronel Graciliano Marques, um dos fundadores do CNE, e primeiro Chefe Regional de Braga, que gentilmente me foi facultado, pela sua neta, ainda no ativo, tendo como título “Camping” nele se pode ler que «a Oração é uma peça central da vida em Campo». Como o pensamento dos que acompanharam D. Manuel Vieira de Matos, neste empreendimento de criar o “Corpo de Scouts Católicos Portugueses”, estavam bem próximo do pensar de Baden-Powell, o Fundador Mundial do Escutismo. Esta dimensão da Fé, da sua vivência e do seu testemunho é uma construção inacabada e que sempre devemos aprofundar.


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domingo, 10 de março de 2024

domingo, 3 de março de 2024

sexta-feira, 1 de março de 2024

O Corpo Nacional de Escutas nos Açores

O Corpo Nacional de Escutas nos Açores"


por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 1 de março 2024 no jornal diário "Correio do Minho"


Há dias, reencontrei um envelope, perdido no tempo e numa estante pouco organizada, contendo no seu exterior a seguinte informação: “Celebração do 85.º aniversário da fundação do CNE nos Açores, Ilha na Terceira, 25 de agosto de 1925”. Curioso com esta descoberta abri cuidadosamente o envelope e li, cuidadosamente, as dez folhas manuscritas, eram as minhas notas para a publicação de um artigo na “Flor de Lis”, o órgão oficial do CNE, mas que, por qualquer razão, nunca foi nem escrito, nem publicado e, por isso, vou usar estas notas para a crónica desta quinzena.
Recordo que as origens do CNE Açores se fixaram na paróquia da Conceição, e o local não deixam de ser uma agradável coincidência. Propositadamente ou fruto do acaso, a verdade é que o dia 15 de Agosto é um dos dias litúrgicos maiores da Senhora “que é mãe de Deus e mãe dos Escutas” e na véspera, na “velada de Armas” ou como diríamos hoje, na “celebração da Palavra”, o Patrono do CNE, Beato (hoje, São) Nuno de Santa Maria, foi evocado, ou não fora o dia 14 de agosto de 1835, o dia da batalha de Aljubarrota, onde o exército português, comandado pelo Santo Condestável, impôs uma estrondosa derrota ao poderoso exército castelhano, graças a uma estratégia de combate inspirada na arte de guerrear do antigos romanos.
Este conjunto de circunstâncias, aliado à personalidade dos fundadores quase que pré-determinaram o seu futuro brilhante, no serviço prestado aos mais frágeis. Penso poder afirmar que a determinação do Escutismo Açoriano ao serviço do País, da Igreja e das comunidades locais onde está implantado, tem a marca indelével dos fundadores. Continuando os seus dirigentes a dedicarem-se, de alma e coração, à sua missão de educadores católicos.
Estou certo que quando, em 2025, celebrarmos o 100º aniversário da presença do Corpo Nacional de Escutas no arquipélago dos Açores, também nós, poderemos dizer que ele “cresceu em idade, sabedoria e graça”, porque continuará a ser um movimento educativo com a missão de ajudar, crianças e jovens, a serem os protagonistas da sua educação, tornando-se cidadãos solidariamente ativos à Luz do Evangelho.
Impõe-se recordar que as autoridades civis e religiosas, nunca regatearam os apoios necessários para materializarmos os nossos objetivos e, por isso, são merecedoras do nosso agradecimento e respeito, bem como as famílias que nos confiaram e continuam a confiar os seus filhos para que estes possam, nas sedes ou no campo, viver os valores de uma cidadania, marcada pelo humanismo cristão, de forma ativa e solidária. Também um justo reconhecimento para a dedicação e o esfoço dos dirigentes açorianos nos Agrupamentos, nos Núcleos ou na Região, unidos à volta do chefe regional, à época desta comemoração, o dirigente Pires Luís, souberam incorporar os valores desse triénio: Viver é caminhar – Caminhar é viver valores – Viver valores é amar, identificados nos modelos escolhidos para cada um dos anos escutistas: São Paulo, Beato (hoje São) Nuno de Santa Maria e Beata (hoje Santa) Teresa de Calcutá.
Olhando para os percursos de vida das crianças e jovens percebemos que os adultos souberam viver a Caridade na simplicidade da Boa Ação quotidiana, tendo bem presente o ensinamento desta apóstola da caridade, nossa contemporânea: “tudo o que fizerdes, fazei-o com amor e por amor aos outros”.
Desta forma, estes Adultos beberam os ensinamentos de Baden-Powell e também foram seguidores do lema, tão querido ao Fundador Mundial do Escutismo: “impele a tua própria canoa”. Assim estes dirigentes que não se limitaram a estimular a autonomia, cooperação e o desenvolvimento de Lobitos, Exploradores, Pioneiros e Caminheiros, souberam criar condições para que estes as colocassem ao serviço de outras crianças e jovens, de tal forma que, pouco a pouco, de forma gradativa, se transformaram em verdadeiros semeadores de Esperança e construtores de Paz.
Estes adultos, desta maneira, foram dirigentes felizes, não pela sua felicidade em si mesma, mas porque sentiram a verdadeira felicidade de terem contribuído para a felicidade de crianças e jovens que lhes foram confiadas, como nos desafia, a todos, Baden-Powell na sua última Mensagem, publicada no seu livro “Escutismo para Rapazes” (pág. 303) da sua 3ª edição, publicado pelas Edições Flor de Lis em 1968, e onde desafia todos escuteiros a “deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrastes”.

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domingo, 25 de fevereiro de 2024

Folhinha interparoquial nº 2 de 26 de fevereiro a 3 março de 2024

Folhinha interparoquial nº 2 de 26 de fevereiro a 3 março de 2024

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Maria de Lamaçaes
- S. Tiago de Fraião

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Bem Vindo Padre Francisco

 A Comunidade Paroquial do Divino Salvador de Nogueiró, acolheu a 17 fevereiro 2024 o Padre Francisco que virá colaborar com o Pde Miguel na orientação das Paróquias de Nogueiró, Lamaçães e Fraião. Como não podia deixar de ser os escuteiros de Nogueiró estiveram presentes nesta Cerimónia.

Seja Bem Vindo Padre Francisco.








sábado, 17 de fevereiro de 2024

Folhinha interparoquial nº 1 de 19 a 25 de fevereiro de 2024

Folhinha interparoquial nº 1 de 19 a 25 de fevereiro de 2024

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Maria de Lamaçaes
- S. Tiago de Fraião
Intenções das missas e informações das 3 paróquias:




O Congresso do Centenário

O Congresso do Centenário"


por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 17 de fevereiro 2024 no jornal diário "Correio do Minho"


Na última crónica, e a propósito do Congresso do Centenário, realizado nos dias 28 e 29 de janeiro do corrente ano, na cidade de Coimbra, a que foi dada a importância de marcar o final das comemorações do Centenário do Corpo Nacional de Escutas.

A este propósito revisitamos o primeiro Congresso de Geral de Dirigentes, realizado de 4 a 6 de abril de 1929, isto é, 6 anos depois da fundação dos Escuteiros Católicos em Portugal e cujo grande objetivo estava centrado à volta do seu crescimento harmonioso e sustentado com base nas regiões escutistas, coincidentes com as dioceses portuguesas. Foi um momento importante para preparar e projetar a afirmação do Corpo Nacional de Escutas em todo o país, neste capítulo recorde-se que os novos Estatutos e Regulamento Geral viriam a ser publicados em agosto de 1934.
Tal como revisitamos também os dois últimos Congressos realizados:
a) Congresso do Escutismo Católico Português, "Que Escutismo para o ano 2000?", mas mais conhecido por "CNE 2000". Este congresso, realizado na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, nos 29 de Novembro a 1 de Dezembro de 1986;
b) Congresso “Escutismo: Educar para a vida no século XXI”, realizado a 9 e 10 de novembro de 2013, no Centro de Congressos de Lisboa.
Tive a grata oportunidade de participar nestes dois congressos: no primeiro, na qualidade de Secretário Nacional Pedagógico e, no segundo, enquanto Chefe Nacional. Reconheço que as mudanças estruturantes realizadas em 1984/88, ao nível da aplicação do método e à introdução de novas temáticas emergentes e da visão de um escutismo dinâmico e atual, no pós 25 de abril, materializadas nas “Propostas Educativas” de cada das 4 Secções, beneficiaram muito dos temas apresentados ao Congresso.
O segundo voltou a provocar os congressistas e o CNE para a necessidade de aprimorar o programa educativo, bem como a presença dos adultos no escutismo e novo percurso formativo de adultos. Como dizia alguém o adulto (dirigente) deve ser como o Anjo da Guarda que está sempre presente e que permanentemente protege crianças e jovens, mas que não impõe a sua presença. Este Congresso resultou como um elemento catalisador para aumentar a disponibilidade e mobilização de crianças, jovens e adultos para uma mudança ecologicamente sustentada – o cuidar da casa comum, não um método com objetivos, conteúdos, estratégias e ações, mas sim numa verdadeira Gramática da Ecologia de Deus e em Deus.
Também não faltei a este importante Congresso do Centenário do CNE, antes de mais, porque ele foi o elemento simbolicamente escolhido, para marcar a saída do primeiro milénio de vida do CNE e a entrada no segundo milénio.
Depois, porque, na minha opinião, ao criar-se esta oportunidade de abertura a todos os que quiseram participar: Lobitos, Exploradores, Pioneiros, Caminheiros, Candidatos a Dirigentes e Dirigentes, mas também a “não associados”, e como afirma Cláudia Xavier1 no texto de apresentação do Congresso: «Esta atividade pretende criar um espaço para reflexão partilhada, em que [as crianças e] os jovens apresentarão ao CNE as conclusões do Fórum 100 e os Chefes Regionais falaram também do seu trabalho de reflexão. Este espaço, marcará o ponto de partida para o 2º Centenário, passo esse que será dado tendo como base os contributos recolhidos e o impacto do escutismo na vida dos jovens na associação e na comunidade. É também esperado que se identifiquem estratégias para o desenvolvimento sustentável do CNE.»
Este congresso teve ainda como um facto relevante a registar, ter sido uma coorganização do Corpo Nacional de Escutas e da Câmara Municipal de Coimbra, e a justa referência à qualidade das instalações onde se realizou, o Convento de São Francisco: Coimbra Cultua e Congressos, e à qualidade dos serviços municipais envolvidos na preparação e na logística necessária ao bom funcionamento de todos os momentos. Estou certo qua o CNE ficará sempre agradecido.

Sem querer antecipar as conclusões oficiais, e com os “olhos” de simples congressista, não posso deixar de testemunhar que dar palco às crianças e jovens, fizeram deles verdadeiros protagonistas do seu próprio desenvolvimento, diria mesmo que foram “pedras angulares” para o desenvolvimento do CNE, por isso, posso plagiar Baden-Powell, afirmando que, estes protagonistas e todas as crianças e jovens que eles representaram, foram capazes de impelirem as suas próprias canoas.



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ref: pin/Crachá_LPB 2023 - 38mmref: pin/Crachá_LPB Viana - 38mm

Encontro de Guias - Núcleo de Braga

 Hoje, 17 de fevereiro 2024, na parte da manhã os nossos guias estiveram presentes no encontro de guias do núcleo de Braga que teve lugar em Sobreposta.. Uma manhã de partilha e debate de um tema tão importante que é a Inclusão, nunca esquecendo o que o Santo Padre nos transmitiu "Todos, Todos, Todos..."

Parabéns a todos, e com um carinho especial á nossa Lobita Eva, Guia de bando que foi eleita para representar o Núcleo de Braga no Encontro Regional de Guias, "Da melhor Vontade" Eva.







segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

A Pretexto do Congresso do Centenário

A Pretexto do Congresso do Centenário"


por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 2 de fevereiro 2024 no jornal diário "Correio do Minho"

No passado fim de semana (28 e 28 de janeiro de 2024) realizou-se, na cidade de Coimbra, o Congresso que marcou o final das comemorações do Centenário do Corpo Nacional de Escutas.
Sob este pretexto, quero recordar que, desde o seu início, o CNE teve preocupações com a qualidade do seu crescimento e desenvolvimento:
a) No dia 1 de março de 1925, foi inaugurado o Campo-Escola "S. Tomás de Aquino" (curso para a formação de dirigentes), no Porto e, no dia 25 do mesmo mês, é aprovado o “Regulamento das Escolas Regionais de Instrutores”.
b) Nos dias 27 e 28 de dezembro de 1927, ocorre Primeiro Congresso de Assistentes em Braga, sendo as conclusões publicadas em atos oficiais de 31 de janeiro de 1928.
c) Nos dias 24 e 25 de maio de 1928 realizou-se o Congresso Técnico, na cidade de Braga, tendo também sido publicadas a respetivas conclusões.
d) Nos dias 4 a 6 de abril de 1929, depois deste conjunto de encontros setoriais e, no sexto ano de vida do jovem Movimento, realizou-se o Primeiro Congresso Geral de Dirigentes do C.N.E., na cidade de Coimbra, com preocupações relacionadas com o seu crescimento harmonioso e sustentado. Na sua última sessão foram discutidas e aprovadas as suas conclusões.

No pós 25 de Abril, um tempo em que se sentia a necessidade urgente de se tomarem decisões rápidas e significativas, no início de outubro realiza-se o 3º Encontro Nacional de Dirigentes “para apresentar e divulgar inovações a introduzir (facultativamente) nos métodos das secções, na linha da Pedagogia do Projeto, que ficarão conhecidas como Novas Metodologias” (in site do CNE). Este encontro foi vital para a estabilidade do Corpo Nacional de Escutas.
Já ano de 1986, de 29 de Novembro a 1 de Dezembro, realizou-se Congresso do Escutismo Católico Português, "Que Escutismo para o ano 2000?", mas mais conhecido por "CNE 2000". Este congresso, realizado na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, contou com a intervenção do Dr. José Hermano Saraiva, na conferência de abertura e muitos outros: Dr. Seabra Lopes (informática), Pe. Prof. Mário Lopes (problema demográfico), Eng. Bruto da Costa (esgotamento dos recursos naturais), Comandante Virgílio de Carvalho (dicotomias Norte-Sul e Este-Oeste), Dr. Francisco Pinto Balsemão (comunicação social), Dr. Luís Archer e Dr. Meneres Pimentel (biotecnologia), Eng. Eurico da Fonseca (exploração do espaço), Eng. Carlos Pimenta (desequilíbrios ecológicos), Dr. Nuno Ribeiro da Silva (energia) e Prof. Fernando Micael Pereira (novas formas de organização). Para além destes belíssimos oradores, foram ainda apresentadas e publicadas uma trin-tena de comunicações de dirigentes do CNE.

Finalmente recordar o Congresso “Escutismo: Educar para a vida no século XXI”, realizado a 9 e 10 de novembro de 2013, no Centro de Congressos de Lisboa. O professor Marcelo Rebelo de Sousa proferiu a conferência de abertura subordinada ao tema identificador do congresso “Escutismo: Educar para a vida no século XXI”.
O primeiro painel: “o papel Escutismo na Igreja” a intervenção inicial foi proferida por sua Exª Revma., o senhor D. Joaquim Mendes, Vice-Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família. E ainda duas outras, pelo Prof. Doutor João Duque, da UCP – Braga, “A Igreja e os sinais dos tempos. Qual a nossa missão como leigos?” e do Frei Albertino Rodrigues, da Ordem dos Frades Menores – Lisboa, “A lei do escuteiro e a lei de Deus. Desafios ou pistas na educação e testemunho cristão?”.

O segundo painel: “o papel Escutismo na Educação”, tendo o Prof. Doutor Manuel Joaquim Azevedo, Diretor do Centro de Estudos em Desenvolvimento Humano, da UCP – Porto, proferido a intervenção inicial. Seguindo-se o Prof. Doutor Marcelino Sousa Lopes, da UTAD: “A Educação e a Educação não formal. Desafio, utopia ou compromisso?” O Prof. Doutor José Augusto Palhares, da UM: “O escutismo como educação não formal. Que sentidos à participação num percurso com 90 anos?” e a Dra. Maria Helena Guerra, na qualidade de Chefe Regional de Évora, sobre “O agrupamento, comunidade educativa local. Cen-tralidade ou periferia na metodologia escutista?”.
O terceiro painel: “o papel Escutismo na Sociedade”, tendo o Doutor Rui Marques, Presidente da Direção do Instituto Padre António Vieira – Lisboa, proferido a intervenção inicial, sendo que a Profª. Doutora Susana Fonseca Carvalhosa, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e Chefe do Agrupamento nº 73, Carnide – Lisboa abordou o tema: “A sociedade do século XXI. Que diálogos e que interações na e para a formação de jovens?” e o Engenheiro João Paulo Feijó, Consultor em Qualidade, Capital Humano e Gestão da Mudança e antigo Vice-Presidente do Comité Europeu da Organização Mundial do Escutismo (1987-1995) versou o tema: “O Escutismo Católico Português. Da realidade a uma visão (de e) com futuro.”

Em próxima crónica voltaremos a este recente e importante Congresso do CNE.



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ref: pin/Crachá_LPB 2023 - 38mmref: pin/Crachá_LPB Viana - 38mm

Folhinha interparoquial nº 842 de 12 a 18 de fevereiro de 2024

Folhinha interparoquial nº 842 de 12 a 18 de fevereiro de 2024

Paróquias de:
- Divino Salvador de Nogueiró.
- Santa Eulália de Tenões
- S. Pedro de Este
Intenções das missas e informações das 3 paróquias:




Ainda a Propósito do Centenário do CNE: O Agr.º n.º 16 e a Paróquia de Prado (Santa Maria)

Ainda a propósito do Centenário do CNE:

O Agr.º 16 e a Paróquia de Prado (Santa Maria)"


por: Carlos Alberto Lopes Pereira
artigo publicado a 19 janeiro 2024 no jornal diário "Correio do Minho"

No âmbito das comemorações do Centenário do Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português, celebrado no pretérito dia 23 de maio de 2023, na cidade de Braga, por ter sido o local onde, por vontade e ação do Grande Arcebispo, D. Manuel Vieira de Matos que, na sua visão renovadora e estruturante da Arquidiocese, encontrou no Escutismo Católico um espaço para a juventude (os adultos do futuro) fazer o seu crescimento para serem agentes de mudança e de consolidação, numa sociedade de cidadãs e cidadãos solidariamente ativos, agindo à luz do Evangelho.
Antes, e depois, da inauguração da escultura que o Escutismo Católico Português ofereceu à cidade de Braga, para marcar o centenário e o local do seu “nascimento”, variadíssimas manifestações deste tipo surgiram, um pouco por todo o lado, quase sempre apoiadas pelas Câmaras Municipais.
Na primeira semana deste mês, recebi um telefonema de um amigo desafiando-me para assistir à inauguração de uma escultura comemorativa do Centenário do C.N.E., nesse fim de semana. Sabia que este amigo, o arquiteto António Sá Machado, na sua meninice e adolescência, fora escuteiro no Agrupamento de Santa Maria de Prado e também sabia que há bastante tempo trabalhava num projeto para a criação de uma peça para marcar a presença do Escutismo nesta comunidade paroquial. Claro que isto era uma vontade coletiva que juntava, de braço dado, os escuteiros (antigos e atuais) e a comunidade paroquial, a ele fora pedido que, sem pressas idealizasse a obra e a materializasse.
Por isso, respondi que iria a Prado, na tarde do dia 6 de janeiro, para assistir à cerimónia, mas com uma curiosidade profunda para saber qual dos esboços que, ao longo dos tempos, apreciara no seu gabinete, mas o estudo que permitiu materializar o seu pensamento não era nenhum dos que eu conhecera.
Na breve memória descritiva que me foi distribuída, sob a forma de marcador de livro, pode ler-se: «De um paralelepípedo em pedra que assenta num chão de barro (símbolo das Terras de Santa Maria de Prado), emergem duas lâminas que juntas (unidade entre os homens) se erguem sem se tocar criando um fio de luz qua as atravessa e recorta a “flor-de-lis” desenhada no imaginário do observador. A concavidade da face, acolhe todos, num apelo mudo para o cumprimento da Lei [do Escuta] pela qual o Escuteiro se rege.
No centro da praça, fica o suporte da chama – o Fogo – que nos alerta para a presença de Deus.»
Este texto termina com uma citação do livro que, ainda hoje inspira a vivência escutista, “Escutismo para Rapazes”: «... Procurai deixar o mundo um pouco melhor de que o encontrastes e, quando vos chegar a hora de morrer, podereis morrer felizes sentindo que ao menos não desperdiçastes o tempo e fizestes todo o possível por praticar o bem. ...
Última mensagem do chefe Baden-Powell, Fundador [Mundial] do Escutismo.»
É certo que a base do monumento ainda não está montada: os quatro “bancos” simbolizando as quatro secções do CNE: Alcateia - os Lobitos, Expedição - os Exploradores, Comunidade – os Pioneiros e Clã – os Caminheiros; o espaço do “fogo” e a “terra de barro”. Mas, tal como no Escutismo ou nas nossas vidas, as coisas vão se fazendo na medida das nossas possibilidades, como diz o ditado popular: «Roma e Pavia não se fizeram num dia»!
Confesso que fiquei impressionado com a parceria das comunidades Paroquial e Escutista para protagonizarem este projeto e alegrou-se-me a alma por ver que por Terras de Santa Maria de Prado o espírito dos fundadores (Baden-Powell e D. Manuel Vieira de Matos) continua vivo e atuante.
Num tempo em que o pensamento dominante no mundo é o da guerra, melhor das guerras, admirei a sensibilidade do autor da obra para um dos princípios fundamentais do Escutismo: educar para a cooperação e para a Paz. De uma forma inteligente Sá Machado, no recorte interior da Flor-de-Lis faz sobressair a silhueta de duas pombas que relembram esta particularidade de desenvolvimento de competências relacionais voltadas para a compreensão, a aceitação e a cooperação: o caminho mais seguro para a Paz. Este pequeno pormenor, mas de importância vital para educar os futuros construtores de Paz, que o fundador designava como a “Fraternidade Mundial Escutista” que ainda hoje podemos observar no Jamboree Mundial, designação do acampamento mundial que se realiza de cinco anos, tendo sido o primeiro realizado em 1920, perto de Londres.




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