sábado, 25 de março de 2017

O ESCUTISMO É PARA OS JOVENS

O ESCUTISMO É PARA OS JOVENS

Baden-Powell não fez uma carreira pedagógica universitária e a sua ideia do escutismo começou a partir da sua experiência como criança.
Como aluno turbulento e nem sempre disciplinado, Baden-Powell conheceu pessoalmente um sistema educativo rígido.
Como militar atípico, foi um observador inigualável. A imaginação de Baden-Powell foi sempre o seu mais precioso recurso colocando em causa o estilo conformista de uma estrutura militar clássica e rígida.
Finalmente, viveu tudo o que se pode obter de positivo no “trabalho em equipa” quando incentivou os jovens, a organizarem-se em patrulhas durante o cerco de Mafeking.
Essas experiências criaram em B.-P. uma visão de esperança sobre a juventude desfalecida e desocupada dos subúrbios londrinos.
Apoiando-se nas necessidades e ambições desses jovens, Baden-Powell imaginou um movimento juvenil que se envolvesse profundamente na formação do carácter e no compromisso social. O rapaz, artesão do seu próprio desenvolvimento, possuía os sonhos que o irão ajudar a crescer e a assumir responsabilidades.
O movimento escutista desde as suas origens foi construído em torno de três grandes eixos de desenvolvimento:
- os deveres para consigo mesmo, o assumir da responsabilidade, a confiança nos outros e a progressão pessoal;
- os deveres para com os outros, com o seu ambiente mais próximo e com o mundo, através de projectos enraizados na sua comunidade e pela solidariedade quotidiana;
- os deveres para com Deus, através da vivência de uma fé ancorada nas realidades do mundo.
A intuição original de Baden-Powell em relação ao método escutista baseia-se em:
- uma lei que traduz as finalidades do movimento escutista,
- em uma promessa que convida o rapaz (jovem) a comprometer-se com esta lei e a viver esses valores, e
- no espírito de serviço, simbolizado pela boa acção diária que se manifesta no desenvolvimento comunitário e na solidariedade.
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Adaptado de Scouts de Argentina e de “Les Scouts de France aujourd’hui”, artigo escrito por Hélène Croly-Labourdette, Comissária Geral Adjunta dos Scouts de France na revista “Demain les Scouts de France – Les Cahiers du Scoutisme” nº 102.)